segunda-feira, 17 de junho de 2024

As aves exóticas


 As aves exóticas chamam a atenção pelo colorido, canto e exuberância das espécies. Essas espécies, repletas de mistério e beleza, destacam-se no reino das aves, fascinando observadores não só no Brasil, mas também no mundo todo. 

Quem deseja criar uma ave no Brasil deve estar atento às regras existentes para a criação legalizada. Uma vez que, é necessário ter autorização do Ibama para criar uma ave sem nenhum risco de ter o animal de estimação apreendido em caso de uma eventual denúncia de criação ilegal. 

Assim, todo criador que é apaixonado por aves precisa estar atento para as normas do Ibama, além de analisar quais são as características da espécie que deseja criar. Dessa forma, poderá adquirir a ave com segurança e garantindo que a criação será em um ambiente preparado para a espécie ter qualidade de vida e passar muitos anos ao lado de sua família. 

Neste contexto, é fundamental destacar a importância de conhecer os “status” de conservação das aves exóticas, especialmente à luz das recentes descobertas da BirdLife International na Lista Vermelha da IUCN de 2023. Este relatório alarmante revela que estamos perdendo aves a um ritmo sem precedentes, com espécies como o tucano-de-garganta-cidra na América do Sul sofrendo redução populacional devido à perda de florestas.

Enquanto isso, por outro lado, ainda conforme o relatório, há poucos casos de sucesso, como a Cegonha-pintada, que graças a esforços de conservação, passou de quase ameaçada para uma categoria de menor preocupação. Estes exemplos sublinham a importância de escolher aves que não só sejam legais, mas cuja criação contribua para a preservação das espécies.

legalização de aves é, portanto, um assunto que deve ser tratado com seriedade quando o objetivo é criar um animal de estimação em sua casa porque, caso não seja feita essa pesquisa, a penalidade pode ser alta. Além disso, a escolha consciente de espécies ameaçadas ou em risco de extinção pode ajudar a conscientizar sobre a importância da conservação, ao mesmo tempo que se adere às normas legais para criadouros.

Dessa maneira, para te ajudar a entender mais características sobre aves exóticas nós trouxemos uma visão geral sobre o assunto, enfatizando a necessidade de harmonizar a paixão com a responsabilidade pela conservação e legalidade.

O que são aves exóticas?

Aves exóticas são aves que não são nativas de um determinado país ou região, mas foram introduzidas artificialmente pelo homem para viver em terras estrangeiras. Essas aves podem ser encontradas em diferentes partes do mundo e são conhecidas por suas características únicas, como cores vibrantes, tamanhos incomuns e comportamentos distintos.

Algumas espécies são populares como animais de estimação, mas é importante lembrar que a introdução de espécies exóticas em novos ambientes pode levar a problemas de saúde e colocação econômica, além de prejudicar a fauna e o meio ambiente local.

Por isso, criadores precisam considerar escolher a espécie de acordo com as características que possibilitam maior facilidade de adaptação da ave ao ambiente disponível para a criação.

domingo, 19 de abril de 2020

Meu Ambiente Reintrodução da Ararinha Azul na Natureza


Extinta na natureza desde meados de 2000, a Ararinha Azul vai voltar a ocupar o céu do Semiárido, seu lugar de origem. Um projeto desenvolvido em Juazeiro e Curaçá prepara a região para a chegada da espécie que só existe em cativeiro. Nossa equipe acompanhou parte desse trabalho que você confere agora nesta edição do Meu Ambiente.









Ararinhas-azuis chegam ao Brasil para início do processo de reintrodução na natureza

Ararinhas-azuis chegam ao Brasil para início do processo de reintrodução na natureza



Ararinhas-azuis chegam ao Brasil para início do processo de reintrodução na natureza
Finalmente, de volta ao lar: a caatinga baiana! De onde elas nunca deveriam ter sido levadas – roubadas, traficadas. Hoje pela manhã, 52 ararinhas-azuis, chegaram ao aeroporto de Petrolina, em Pernambuco, vindas de Berlim, e de lá seguiram para um centro de reintrodução, construído especialmente para elas, em Curaçá, dentro de uma Unidade de Conservação.
As ararinhas que estão agora na Bahia nasceram em cativeiro na Europa, parte de uma parceria entre o governo brasileiro e a Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), na Alemanha, e também, a Pairi Daiza Foundation, na Bélgica.
A viagem de retorno foi longa. Depois de decolar do aeroporto alemão, foram onze horas de voo até aterrissar em solo brasileiro. Durante todo o trajeto, as ararinhas foram acompanhadas de perto por um veterinário. Após o desembarque em Petrolina, elas foram levadas, de carro, por cerca de 1h30, até Curaçá.
Ararinhas-azuis chegam ao Brasil para início do processo de reintrodução na natureza
O processo de soltura das aves na natureza ainda levará algum tempo. Durante as próximas semanas, elas ficarão em quarentena, para garantir que sua saúde está boa e não nenhum risco de transmitirem doenças para as espécies locais, que já vivem na região.
Após essa primeira etapa, as ararinhas serão transferidas para um novo recinto, onde começaram a se adaptar ao clima da caatinga e à alimentação disponível na mata.
A previsão inicial é que só no ano que vem, os primeiros indivíduos sejam reintroduzidos na vida selvagem. Testes para solturas serão feitos, inicialmente, com outra espécie, o papagaio conhecido como Maracanã.
Todos os custos com o projeto de repatriação da ararinha-azul estão sendo pagos pela ACTP. Segundo Martin Guth, seu proprietário, valor da obra da construção do centro de Curaçá foi de US$ 1,4 milhão e anualmente, serão necessários cerca de US$ 180 mil para manter em operação o programa.
Cromwell Purchase, diretor científico e zoológico da associação alemão será o coordenador científico do projeto, juntamente com os biólogos do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade – ICMBio, órgão vinculado ao ministério do Meio Ambiente, responsável pelo Plano de Ação Nacional a Conservação da Ararinha-azul.

A extinção na natureza

Espécie endêmica do Brasil, ou seja, ela só existe em nosso país e em nenhum outro lugar do mundo, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) foi vítima do tráfico ilegal de aves e a cobiça de grandes colecionadores europeus. Fascinados pelo sua beleza e azul vibrante, eles não economizaram esforços (e muito dinheiro) para poder ter um exemplar da famosa arara brasileira.
Com isso, a ararinha-azul acabou sendo extinta de seu habitat natural. O último indivíduo voando livre, na natureza, foi observado por volta do ano 2000.
Ararinhas-azuis chegam ao Brasil para início do processo de reintrodução na natureza
Durante as últimas duas décadas, as únicas ararinhas-azuis existentes estavam em cativeiro. Em outubro do ano passado, o ICMBio declarou que eram 177 Cyanopsitta spixii no mundo – 22 em solo brasileiro e as demais na Alemanha (no site do Pairi Daiza Zoo, na Bélgica, há a informação que existem quatro ararinhas no local).
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*Nós, do Conexão Planeta, torcemos muito pelo sucesso de reintrodução da ararinha-azul no Brasil! Mas por uma questão de ética jornalística e coerência com nosso trabalho, não podemos deixar de mencionar que a volta da espécie ao país envolve diversas acusações ao proprietário da ACTP, Martin Guth.
Em 2018, uma denúncia do jornal britânico The Guardian levantou uma série de fatos sobre Guth e Association for the Conservation of Threatened Parrots. De acordo com a reportagem, o alemão, que ficou preso durante 5 anos por crimes de extorsão e sequestro, poderia ter envolvimento com tráfico ilegal de aves.
O Conexão Planeta repercutiu a denúncia no Brasil e fez várias matérias sobre o assunto. Descobriu que muitos biólogos e criadores no país já tinham ouvido falar sobre a má fama de Guth, mas todos relataram medo em denunciar o criador (leia mais aqui).
Há uma petição internacional, que já tem 55 mil assinaturas, que pede uma investigação ao governo alemão sobre o criador de aves ameaçadas. Mas segundo o Bundesamt für Naturschutz (BfN), Agência Federal para a Conservação da Natureza da Alemanha, não há indícios de ilegalidade no trabalho da associação.
Procurado pelo Conexão Planeta, o ministério do Meio Ambiente, ainda sob a gestão de Edson Duarte e atualmente sob o comando de Ricardo Salles, nunca se posicionou sobre as denúncias.
Recentemente, em entrevista por e-mail, Martin Guth disse que sua ficha criminal está limpa e prefere não envolver sua vida pessoal com o projeto das ararinhas.
Entretanto, entidades de conservação internacional, como a Rare Species Conservatory Foundation, dos Estados Unidos, alegam falta de evidências e cooperação científica, além de transparência no trabalho da ACTP, principalmente porque não se sabe a origem do dinheiro que o financia. 
Fotos: reprodução Facebook ACTP/ICMBio

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Concurso premia as mais impressionantes fotos de pássaros;

Kevin Ebi levou a menção honrosa na categoria profissional ao fotografar uma águia carregando um coelho e uma raposa
Apesar de ser um tema que pode parecer de interesse restrito a alguns apaixonados, a fotografia de pássaros pode gerar imagens muito mais criativas do que se imagina, como mostram os vencedores do Audubon Photography Awards, anunciados em julho. 
Organizada pela The National Audubon Society, ONG americana de proteção dessas aves e seu habitat, em parceria com a revista Nature's Best Photography, o prêmio reuniu fotografias em quatro categorias, incluindo Plants for Birds, que propôs aos participantes o desafio de capturar um pássaro e uma planta nativos da região retratada. 
O vencedor da categoria Plants for Birds foi Michael Schulte, que fotografou um pássaro da espécie 'Icterus cucullatus' na Califórnia
Os seis fotógrafos vencedores foram selecionados entre mais de 2.253 participantes dos 50 Estados Americanos, além de Washington D.C. e dez províncias canadaneses.
Muitas das imagens mostram espécies protegidas pelo Migratory Bird Treaty Act (MBTA), lei de proteção das aves migratórias e uma das vitórias da The National Audubon Society, que agora está sendo criticada pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump. 
Imagem de frango-d'água-azul em cima de uma planta para se alimentar de flores fez Joseph Przybyla ganhar a menção honrosa na categoria Plants for Birds


Ceará cria área de preservação para Soldadinho-do-Araripe



Ameaçada de extinção, a ave Soldadinho-do-Araripe ganhou uma reserva para escapar dos caçadores. Em 21 de julho, o Governo do Estado do Ceará assinou o protocolo para a criação do Refúgio da Vida Silvestre Soldadinho-do-Araripe, unidade de conservação (UC) que corresponde a uma área total de 5.103,38 hectares. O investimento do governo local foi de R$ 197,6 mil. O projeto é financiado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), a partir de estudos técnicos da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis). A criação da unidade de conservação será crucial para elevar o percentual de proteção integral da espécie de 2% a 34%, ampliando a pequena faixa já existente na cidade de Barbalha (CE). Natural da região, o Soldadinho-do-Araripe foi descoberto em 1996 e é uma das aves mais raras do mundo.
(Nota publicada na Edição 1132 da Revista Dinheiro)

domingo, 4 de agosto de 2019

Extinta, ararinha-azul deve ser reintroduzida na natureza até 2024


A ararinha-azul, considerada extinta na natureza desde 2000, deve ser reintroduzida ao habitat até julho de 2024, com ao menos uma soltura experimental, conforme anunciou nesta terça-feira (30) o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, responsável pelo Plano de Ação Inicial (PAN) para a conservação da espécie. O projeto, previsto em uma portaria publicada no Diário Oficial da União, está em sua segunda fase.

A ararinha-azul é considerada extinta na natureza desde 2000
Espécie nativa da caatinga brasileira, a ararinha-azul foi exterminada por caçadores e traficantes de animais. Ela é originária do interior baiano, entre os municípios de Juazeiro e Curaçá, uma das regiões mais quentes e áridas do Brasil. As informações são da Veja. Atualmente, existem 116 ararinhas-azuis vivendo em cativeiro em todo o mundo, sendo 147 na Alemanha, 13 no Brasil, duas na Bélgica e quatro em Singapura.
Em 2016, uma aparição da ave vivendo em liberdade foi registrada, mas ela é considerada extinta na natureza. Uma ação prevista para este ano deve repatriar 50 delas graças a uma parceria entre o ICMBio e a ONG alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP).
Confira o final desta história e outras notícias inspiradoras sobre animais na ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais).

Acompanhe as novidades na fanpage Ararinha na Natureza.

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A Iniciativa IPAMA surgiu da necessidade de se agir pelo meio ambiente, sem esperar a ação de outros e sim sua própria iniciativa.